PGMBM apresentou ao Tribunal Supremo de Liverpool um requerimento contra a Daimler AG, empresa-mãe da Mercedes-Benz. O caso é referente ao escândalo de emissões de diesel da Mercedes, o qual envolve o uso de dispositivos manipuladores em um número estimado de meio milhão de veículos a diesel da Mercedes que foram registrados pela primeira vez entre os anos de 2007 e 2018, no Reino Unido.
Esses dispositivos manipuladores mudam a forma que os veículos funcionam durante testes, ajudando-os a parecer estar dentro do limite de emissão de poluentes estipulado por lei, além de simular uma determinada performance, quando na verdade, o uso diário apresenta uma realidade bem diferente.
O uso desse tipo de software não é apenas uma afronta às leis ambientais, mas também configura propaganda enganosa, visto que a marca vende aos seus clientes a ideia de um veículo mais eficiente e menos poluente do que é de fato. O custo dessas infrações pode ser de até £10 bilhões, caso a Mercedes seja considerada responsável.
Um caso teste com 17 clientes foi iniciado no Tribunal Supremo de Liverpool no dia 8 de maio de 2020, e a cada dia mais centenas de clientes juntam-se à ação em busca de uma compensação. Os afetados poderão se unir à lista de requerentes e ser representados pelo escritório de advocacia internacional PGMBM e estarão sob a proteção de uma política “sem vitória, sem honorários”, ou seja, não terão que arcar com nenhuma das taxas legais, caso a ação coletiva não seja bem-sucedida.
A indenização estimada é de £10.000 para cada pessoa que se juntar à reivindicação, mas pode ser ainda maior. O número de afetados pelo escândalo de emissões de diesel da Mercedes pode ser ainda maior que o número de vans e carros a diesel que foram manipulados, visto que aqueles que adquiriram o veículo usado também podem ser considerados afetados.
Problemas causados por dispositivos manipuladores em veículos a diesel
Um dispositivo manipulador é um software que diminui a quantidade de dióxido de nitrogênio emitida quando o veículo a diesel passa por testes. Então, quando os testes acabam, o veículo volta a emitir a quantidade usual de poluentes, que é acima do permitido por lei, além de apresentar uma performance consideravelmente inferior.
Os maiores níveis de dióxido de nitrogênio que esses veículos emitem podem aumentar os custos com combustível e manutenção , além de causar prejuízos ao meio ambiente e à saúde das pessoas – especialmente crianças.
Nós da PGMBM acreditamos que essa situação trai a lei e a confiança do consumidor. Os donos desses veículos devem ser indenizados por terem adquirido um carro ou van que não performa tão bem quanto é prometido, é potencialmente perigoso para a saúde humana, e ainda despeja uma quantidade significativa de poluentes no meio ambiente.
Em casos similares nos Estados Unidos, requerentes receberam cerca de £5.000 em indenização por veículo. Dessa vez, o time especializado da PGMBM acredita que cada um dos consumidores participantes da reivindicação pode receber £10.000 ou mais em indenização.
A busca por indenização no Reino Unido
Até agora, mais de 6.000 consumidores britânicos que foram afetados pelo escândalo de emissões a diesel da Mercedes se juntaram à reivindicação por indenização – mas com milhares de motoristas tendo sido impactados por esse problema, espera-se que o número de requerentes cresça significativamente nos próximos dias e semanas.