O vazamento de dados da EasyJet foi anunciado no dia 19 de maio de 2020. A companhia aérea britânica admitiu que dados pessoais sensíveis de cerca de nove milhões de consumidores em todo o mundo foram expostos devido a uma violação “sofisticada” de seus sistemas de segurança. O ataque cibernético aconteceu em janeiro de 2020, mas, apesar de ter notificado o ICO (órgão britânico que busca promover a segurança e proteção de dados online), a EasyJet aguardou quatro meses para comunicar aos seus clientes que seus dados haviam sido acessados por terceiros não autorizados.
Os clientes vítimas do vazamento de dados da EasyJet foram avisados por email em Maio de que informações como seus nomes, endereços de email e detalhes de suas viagens – incluindo local de partida e destino, número da reserva, datas e valores pagos – foram expostos pelo vazamento. Alguns clientes passaram por uma situação ainda mais delicada: 2.208 pessoas tiveram seus números de cartão de crédito roubados, incluindo o código de segurança de três números conhecido como CVV.
A gravidade do vazamento de dados
Dependendo do tipo de dado que é violado, os resultados podem ser drásticos: desde falsidade ideológica até compras não autorizadas através dos cartões dos consumidores vítimas do ataque cibernético. No entanto, o que mais importa não é o tipo de dado que foi vazado. O fato de ter sido vazado, por si só, já é muito grave, além de ter levado quatro meses para que a EasyJet alertasse seus consumidores sobre a ameaça a sua privacidade.
Thomas Goodhead, sócio-gerente do PGMBM disse: “Esse é um vazamento de dados monumental e uma falha de tal magnitude tem um grande impacto na vida dos consumidores da EasyJet. São informações pessoais que confiamos às companhias e esperamos que sejam protegidas. Infelizmente, a EasyJet permitiu o vazamento de dados pessoais de nove milhões de consumidores ao redor do mundo todo”.
A lei protege as vítimas do vazamento de dados da EasyJet
Nos termos do artigo 82 do Regulamento Geral de Proteção de Dados da União Europeia (EU-GDPR), os clientes têm direito a indenização por inconveniência, estresse, angústia e perda do controle sobre seus dados. Em 2018, a British Airways foi multada em 183 milhões de libras pelo ICO devido à falta de eficiência de seu sistema de segurança. Nessa ocasião, Elizabeth Denham, Comissária de Informação da ICO, disse: “Os dados pessoais dos indivíduos são exatamente isso: pessoais. Quando uma instituição falha em protegê-los de perdas, danos ou roubo, causa muito mais do que uma simples inconveniência”.
O PGMBM, escritório internacional especializado em litígios coletivos, apresentou um formulário de requerimento em nome dos consumidores afetados depois de ter sido contatado quando o vazamento de dados da EasyJet se tornou público. O PGMBM irá ajuizar uma ação coletiva e convida todos os consumidores afetados pelo vazamento a se juntarem à ação em busca de uma indenização justa. Qualquer passageiro da EasyJet, em qualquer lugar do mundo, que teve seus dados vazados pode participar. Saiba mais no site “EasyJet data breach claim”.