A gigante da mineração BHP enfrenta a maior ação coletiva do mundo depois que mais de meio milhão de novos reclamantes se juntaram à luta por justiça pelo pior desastre ambiental da história do Brasil.
A Pogust Goodhead está representando 700.000 requerentes que buscam indenizações de £36 bilhões após o colapso da barragem de rejeitos de Fundão em Mariana, Brasil. O desastre custou a vida de 19 pessoas e resultou no deslocamento de milhares de pessoas, na submersão de vilarejos em resíduos tóxicos de mineração e na destruição de fazendas, estoques de peixes e meios de subsistência.
Nosso sócio-gerente global e CEO, Tom Goodhead, disse: "A compensação financeira jamais fará com que nossos clientes voltem ao passado, a tempos mais felizes, mais saudáveis e mais ricos, anteriores ao desastre, nem jamais restaurará o meio ambiente à sua forma original.
"Se a BHP tivesse pago a indenização de forma justa e em um prazo razoável, no entanto, ela teria pelo menos feito a coisa certa e estaria à altura dos valores corporativos de ESG que constantemente defende.
"Em vez disso, como resultado de tentativas contínuas de frustrar a justiça, eles agora se colocaram e a seus investidores com passivos financeiros múltiplos mais altos do que deveriam e prolongaram a agonia das vítimas. A forma como a BHP lidou com o desastre da barragem de Mariana foi um caso exemplar de irregularidade corporativa."
Entre os novos requerentes estão membros das comunidades indígenas Guarani, Tupiniquim e Pataxós, além de um número significativo de quilombolas afro-brasileiros, descendentes de escravos africanos traficados para o Brasil. Eles se juntaram aos membros da comunidade indígena Krenak, cujas terras se estendem ao longo das margens do Rio Doce.
Maykon Krenak, um dos Requerentes da comunidade Krenak, disse: "A BHP foi à minha casa, levou minha comida, sujou minha água e tentou apagar nossa identidade. Queremos justiça".
Meios de comunicação de todo o mundo noticiaram o caso esta semana, com cobertura que incluiu a primeira página do Financial Times, Bloomberg, Reuters, The Times, Australian Financial Review e Sydney Morning Herald.
Também houve ampla cobertura da mídia em todo o Brasil, incluindo Folha, BBC Brasil, Veja e muitos outros.