Em 25 de janeiro de 2019, uma barragem desmoronou em Brumadinho, no Brasil. O desastre matou 272 pessoas e cerca de 12 milhões de metros cúbicos de lama tóxica se espalharam pelas comunidades locais e pelos sistemas de água.
Apesar dos avisos claros sobre a estabilidade da barragem, a subsidiária da empresa alemã TÜV SÜD havia certificado a barragem como segura. As operações continuaram, o que acabou levando ao desastre.
No quinto aniversário, as vítimas do desastre de Brumadinho viajaram mais de 9.000 km até Munique, para exigir justiça na sede da TÜV SÜD, entregar uma carta e ler os nomes das 272 vítimas fatais.
Entre as vítimas estava Karine Naiara Silva Carneiro Andrade, que perdeu sua irmã Natália na tragédia.
"Viemos até a TÜV SÜD com uma mensagem simples: parem de protelar e nos façam justiça."
Karine Naiara Silva Carneiro Andrade
Karine continuou: "Há cinco anos, nossas vidas foram viradas de cabeça para baixo de uma forma da qual nunca nos recuperaremos totalmente. Estamos aqui hoje pedindo para sermos vistos, ouvidos, para que a dor que estamos sofrendo seja compreendida. Estamos pedindo que nossos colegas requerentes recebam a indenização que merecem."
Guy Robson, sócio da Pogust Goodhead, que esteve presente no evento em Munique, disse: "Hoje, no quinto aniversário do desastre da barragem de Brumadinho, ao refletirmos sobre a perda e o sofrimento que continua a afetar tantas pessoas, nossos clientes querem que a TÜV SÜD reflita sobre sua posição."
"A tragédia em Brumadinho deixou uma marca profunda no meio ambiente local. Deixou também uma cicatriz igualmente profunda em nossos clientes, que não conseguem obter o encerramento que merecem enquanto a TÜV SÜD tenta arrastar os processos. A TÜV SÜD se recusa a indenizar nossos clientes desde o rompimento da barragem, há cinco anos. Eles Agora eles devem fazer a coisa certa e acabar com esse sofrimento contínuo."
"Cinco anos depois, nossos clientes continuam a lidar com os profundos impactos desse evento catastrófico. Em nossa busca por justiça em nome de nossos clientes, continuamos profundamente preocupados com a prolongada luta pela indenização da TÜV SÜD. É desanimador o fato de que, mesmo depois de cinco anos, o caminho para a justiça e para uma indenização justa continue difícil para nossos clientes."
Bruna Ficklscherer, Diretora Jurídica da Pogust Goodhead, disse: "O papel da TÜV SÜD nesse desastre não pode ser subestimado. O atraso na indenização das pessoas afetadas só aumenta a angústia e a frustração das vítimas. Continuamos a exigir responsabilidade e transparência nos procedimentos legais, pedindo à TÜV SÜD que acelere o processo de indenização."
Juntamente com Manner Spangenberg, estamos representando as vítimas do desastre em seu processo contra a TÜV SÜD em Munique. Continuaremos lutando por justiça para as vítimas cujas vidas e meios de subsistência foram destruídos pelo desastre de Brumadinho.