Hoje, em uma decisão que acaba de ser proferida pelo Tribunal de Roterdã, a Pogust Goodhead conseguiu garantir a jurisdição dos tribunais holandeses em nossa ação contra a produtora de alumínio Norsk Hydro.
Representamos milhares de vítimas, incluindo comunidades indígenas, amazônicas e descendentes de escravos afetados por águas contaminadas no norte do Brasil. As atividades poluidoras da Norsk Hydro em um local em Barcarena, Pará, causaram danos incalculáveis ao meio ambiente e à saúde pública na área circundante.
Eles sofreram problemas de saúde física, incluindo deterioração ou perda da visão, dores e fraquezas no corpo, além de bebês nascidos com malformações.
Eles perderam a água da qual dependiam para pescar, cultivar, nadar, caçar e criar animais, bem como o acesso a qualquer renda proveniente da venda de produtos criados e provenientes dos rios.
Segundo eles, isso é resultado direto de pelo menos dez desastres ambientais ocorridos na maior refinaria de alumínio do mundo, pertencente à Norsk Hydro, que viu resíduos poluentes se infiltrarem na terra e na água.
Apesar disso, a Norsk Hydro se recusou a assumir toda a responsabilidade e as pessoas afetadas não tiveram acesso a uma reparação justa e completa - e por isso levaram seu caso aos tribunais holandeses.
O Tribunal Distrital de Roterdã decidiu hoje que o caso pode prosseguir para a fase de mérito.
Essa é a terceira decisão desse tipo este ano em casos liderados por Pogust Goodhead, com os tribunais europeus se tornando os guardiões dos danos ambientais causados por grandes corporações. Ela segue uma decisão que permite que o caso contra a gigante da mineração BHP prossiga no Reino Unido por causa do desastre da barragem de Mariana e, mais recentemente, que o caso contra a Braskem por causa da destruição da mineração de sal prossiga na Holanda.
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