Esta semana, o Financial Times destacou nosso processo judicial em andamento contra a Braskem na Holanda, no qual estamos representando milhares de pessoas afetadas pelas repercussões das atividades de mineração de sal-gema em Maceió, Brasil.
Em 2018, a vida de dezenas de milhares de pessoas na capital do Estado de Alagoas, no nordeste do Brasil, mudou para sempre. Rachaduras, sumidouros e terremotos ligados às atividades de mineração de sal-gema causaram enormes danos à cidade, forçando 55.000 pessoas a deixar suas casas, muitas delas para nunca mais voltar.
Pesquisas geológicas e moradores locais culpam as atividades da maior empresa petroquímica do Brasil, o Grupo Braskem, pelos danos à integridade estrutural da área.
O Financial Times destacou: "Desde que os problemas surgiram no início de 2018, cerca de 14.400 propriedades foram condenadas por motivos de segurança devido aos riscos de subsidência. O êxodo transformou quarteirões inteiros na capital do estado de Alagoas em cidades fantasmas virtuais."
Na Pogust Goodhead, estamos representando milhares de vítimas que enfrentaram uma espera prolongada - de mais de cinco anos - pela reparação das graves consequências decorrentes das operações da Braskem.
Com fotos de Ricardo Lisboa, as vítimas disseram que a oferta da Braskem de pequenas quantias pelos danos às suas propriedades é "vergonhosa" e "desmoralizante".
O Financial Times conversou com várias vítimas, incluindo Nereu Rezende, um músico de 66 anos que se recusou a deixar sua casa porque o custo para substituir seu estúdio de gravação seria proibitivo. "Eu construí esta casa tijolo por tijolo, se eles quiserem que eu saia, podem me matar."
O sócio-gerente e CEO global Tom Goodhead disse ao jornal: "O que aconteceu em Maceió é apenas mais um exemplo de uma grande empresa que obtém grandes lucros no Brasil, tirando da terra e destruindo o meio ambiente e as comunidades locais. Para piorar a situação, eles não agem de forma adequada e justa quando algo dá errado."
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